APRESENTAÇÃO
O livro de artista Tribo Luminescente é uma possível narrativa de uma cidade informacional que nasceu da exploração do ouro e agora vive da mineração de dados digitais fragmentados que viajam na velocidade da luz. As informações que circulam parecem revelar a realidade do todo pelo olhar da parte, assentada numa ‘cidade-concreto’. Triboluminescência é a propriedade de certos materiais tem de emitir luz por pressão ou fricção. Não estaríamos todos vivendo nesta condição? Pressionados e atritados o tempo todo, produzindo informações?
O livro nasce da ação ‘antropofágica’ sobre o poema Dia da Cidade escrito em 1948 por Wladimir Dias-Pino, que viveu em Cuiabá à época e lançou o Intensivismo – movimento literário de vanguarda -, que buscava libertar o poema das palavras, provocar intensidade emocional e a experimentação linguística com a imagem.
A pesquisa para produção deste livro iniciou em 2022, ano em que comemorávamos o centenário da influência do Modernismo nas artes brasileiras, que chegou tardiamente, em Mato Grosso, assim como os 300 anos do descobrimento das lavras do Sutil, em Cuiabá, onde abundava ouro de aluvião nos barrancos ou adornando os corpos indígenas. A exploração da terra e de seu povo originário levou a formação do arraial do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
As imagens foram produzidas através do reflexo de luzes em fragmentos de espelho, resultando em grafismos que representam rasgos luminosos de uma cidade em movimento, com seus contornos, esquinas, ruas e avenidas em fluxo constante de (in)formação, desenhando um mapa. As imagens estão associadas às palavras e números e direcionam a um encarte no final do livro, intitulado Tábua de Palavras (termo empregado por Dias-Pino), que apresenta uma série de poemas. Assim, o leitor interage com as páginas sanfonadas no ir e vir da narrativa construída por ele.
O livro nasce da ação ‘antropofágica’ sobre o poema Dia da Cidade escrito em 1948 por Wladimir Dias-Pino, que viveu em Cuiabá à época e lançou o Intensivismo – movimento literário de vanguarda -, que buscava libertar o poema das palavras, provocar intensidade emocional e a experimentação linguística com a imagem.
A pesquisa para produção deste livro iniciou em 2022, ano em que comemorávamos o centenário da influência do Modernismo nas artes brasileiras, que chegou tardiamente, em Mato Grosso, assim como os 300 anos do descobrimento das lavras do Sutil, em Cuiabá, onde abundava ouro de aluvião nos barrancos ou adornando os corpos indígenas. A exploração da terra e de seu povo originário levou a formação do arraial do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
As imagens foram produzidas através do reflexo de luzes em fragmentos de espelho, resultando em grafismos que representam rasgos luminosos de uma cidade em movimento, com seus contornos, esquinas, ruas e avenidas em fluxo constante de (in)formação, desenhando um mapa. As imagens estão associadas às palavras e números e direcionam a um encarte no final do livro, intitulado Tábua de Palavras (termo empregado por Dias-Pino), que apresenta uma série de poemas. Assim, o leitor interage com as páginas sanfonadas no ir e vir da narrativa construída por ele.
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O livro de artista “Tribo Luminescente – Cartografia afetiva de uma cidade Luz” é resultante do projeto cultural selecionado no Edital Estevão de Mendonça, financiado com recursos da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato GrossO.