Aqui jaz quebra pedra, 2022
Em todo território brasileiro, muitas mulheres foram torturadas e/ou assinadas porque foram consideradas transgressoras e subversivas à ordem social vigente na época. Invisibilizadas, elas lutaram pela igualdade entre gêneros, pelo direito a terra, por condições dignas de vida, pela conservação ambiental e pela justiça social. 
A forma de existir destas mulheres é testemunho de uma ecologia de resistência e resiliência nesta sociedade patriarcalista, machista, heteronormativa e euro-centrada, que se assemelha à ecologia das plantas daninhas que se adaptam e resistem ao agronegócio, desmatamento, industrialização e urbanização, sistemas estes constituídos de forma irracional ao equilíbrio ecológico e à justiça socioambiental.  Assim, como as plantas daninhas, essas mulheres foram consideradas perniciosas ou danosas ao ambiente (urbano, rural ou natural) onde estavam inseridas e resistiram às condições adversas. Após levantamento via internet, encontramos cinquenta e oito mulheres (sem pretender abranger a totalidade destas, pois o levantamento continua) que viveram situações de violência por defenderem suas ideias e ideais. 
Nesta imagem mostramos o mapa do Brasil calcado sobre o pó de sementes de Urucum (Bixa orellana), espécie nativa brasileira utilizada pelos povos originários para pintura corporal e proteção. Neste território demarcado, estão localizadas, as cidades onde estas mulheres ativistas foram perseguidas, torturadas ou assassinadas. Estes pontos estão assinalados por pedras de quartzo branco, encontrados nos terrenos baldios de Cuiabá e interligados pela espécie conhecida como Quebra-pedra-rasteira (Euphorbia prostrata) uma planta considerada daninha e medicinal, que vive entranhada entre as pedras, se espalhando pela superfície do solo e sobrevivendo em ambientes inóspitos.
As mulheres e as cidades são apresentadas a seguir, com uma breve descrição e um link, para aprofundar a biografia:
1. Adelaide Molinari (*1938, + 1985) - Irmã Adelaide, filha dos agricultores, nasceu em Garibaldi-RS, uma das primeiras irmãs da sua congregação a trabalhar nas missões no Pará. Em 1985, foi assassinada a tiros na Rodoviária de Eldorado por sua luta pela terra em Eldorado dos Carajás. Assassinada em Eldorado do Carajás. (https://shre.ink/QixW)
2. Amelinha Teles (*1944, presa em 1972) - Entre as torturas, Amelinha relata que passou pelo pau-de-arara, levou choques no corpo inteiro, apanhou de palmatória e sofreu violência sexual, no DOI-CODI em São Paulo. Seus filhos eram levados para vê-la nua, cheia de sangue e urina (https://shre.ink/QiB2)
3. Ana Maria Ramos Estevão (*1948, presa em 1970, 1972 e 1973 ) - estudante de serviço social, envolveu-se com o movimento estudantil e a organização Ação Libertadora Nacional (ALN). Às vezes, escondia pessoas procuradas pela polícia e foi por isso que foi presa e torturada em São Paulo. (https://shre.ink/QiBM)
4. Ana Rosa Kucinski Silva (*1942, +1974) - Professora universitária no Instituto de Química da USP.  Era militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), a organização revolucionária que realizou ações de guerrilha urbana e que lutou contra o regime ditatorial. Desapareceu no dia 22 de abril de 1974, em São Paulo. (https://shre.ink/QiKT 
5. Anita Carrijo (*1900, + 1957) - Foi uma das líderes nacionais do movimento pelo divórcio em uma época em que era permitido apenas o desquite. Membro da Federação das Mulheres do Estado de São Paulo (FMESP), palestrava em associações que defendiam os direitos das mulheres e a importância de sua emancipação, o direito ao divórcio, à creche para as crianças de mulheres trabalhadoras. Foi assassinada em São Paulo em 1957 (https://shre.ink/QiKq)
6. Antônia Ribeiro Magalhães (presa em 1971) - Detida junto com o marido na Operação Bandeirantes, em São Paulo, foi brutalmente torturada com o companheiro. Era ferida com alicates e choques nos seios, na vagina e no ânus. Teve o rosto amarrado contra o pênis de seu parceiro e então receberam choques juntos. (https://shre.ink/QiQV)
7. Aurora do Nascimento Furtado (+ 1972) - Era militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) e foi assassinada aos 26 anos de idade. Ela foi presa em 1972 e encaminhada à "Invernada de Olaria", delegacia civil no Rio de Janeiro. Ela foi torturada no pau-de-arara, levou choques, foi espancada, afogada e sofreu queimaduras. (https://shre.ink/QiB2)
8. Bárbara Pereira de Alencar (prisão 1816) - Foi a primeira presa política na época dos confrontos emancipacionistas contra Portugal. Apesar de ter sido salva da pena de morte, Bárbara foi presa na cidade de Fortaleza, condenada a três anos de trabalho forçado. (https://shre.ink/QilF)
9. Carolina Rewaptu ( em 1966 foi retirada de suas terra): é uma cacica xavante que teve parte de seu povo, os A’uwe Uptabi de Marãiwatsédé, dizimado pela ditadura militar. Ela tinha 6 anos quando aviões da Força Aérea Brasileira pousaram na aldeia em que os xavantes viviam isolados e expulsaram seu povo da área ao norte do Mato Grosso. Eles foram abandonados a mais de 400 km de distância, e os que ficaram na tribo foram massacrados. (https://shre.ink/QLA8)
10. Cleusa Rody Coelho (+1985) - Morreu em defesa da terra indígena e buscando a paz, os direitos dos mais pobres e a defesa dos direitos indígenas. Assassinada na Prelazia de Lábrea, no Amazonas 1985 (https://shre.ink/Qiln)
11. Criméia Schmidt de Almeida (presa em 1973) - Militante e ex-guerrilheira no Araguaia, iniciou sua militância política na escola secundária. Foi presa em São Paulo pela Operação Bandeirante (Oban) e levada ao DOI-Codi onde foi torturada mesmo estando grávida de sete meses 9 https://shre.ink/Qil3)
12. Damaris Lucena (presa em 1970): Negra e nordestina, foi militante política na luta por direitos, memória viva e presente da resistência operária à ditadura militar. Damaris foi presa e seus filhos mais novos levados a um orfanato. Levada ao centro clandestino de tortura da Oban (São Paulo), sofreu violências físicas por cerca de vinte dias (https://shre.ink/QLXN)
13. Dinalva Oliveira Teixeira (+1974) - Estudante e guerrilheira brasileira, integrante da Guerrilha do Araguaia, movimento guerrilheiro criado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) durante a ditadura militar brasileira. se enquadra como desaparecida política. Desaparecida 1974, Araguaia(https://shre.ink/QLAd)
14. Dilma Rousseff (tortura 1970) - Em 1964, iniciou sua militância na Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop), aos 16 anos. Em 1970, Dilma foi presa e submetida a torturas em São Paulo (Oban e DOPS), no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. As torturas aplicadas foram o pau de arara, a palmatória, choques e socos (https://shre.ink/Qilq)
15. Dirce Machado da Silva (torturada 1966) - ex-membro do PCB e participante da luta pela posse de terra na região de Trombas e Formoso (GO) Goiás, foi presa e torturada , (https://shre.ink/QilW)
16. Dorcelina Oliveira Folador (+1963) Iniciou sua luta social na pastoral da juventude, nas comunidades eclesiais de base, na pastoral da terra e na pastoral familiar, foi líder do Movimento Sem Terra, militante do PT, e prefeita. Assassinada em Mundo Novo (MT) (https://shre.ink/Qi3J)
17. Dorothy Stang (+2005) - Marcada por uma intensa luta pelo direito à terra dos numerosos camponeses que migraram para o Norte do Brasil em busca de sustento, contestou com coragem a exploração dos pobres da região rural, em especial daqueles que viviam na Amazônia. Assassinada em Anapu (Pará). (https://shre.ink/Qi3V)
18. Eleonora Menicucci de Oliveira (torturada em 1971) -  Durante o período da ditadura civil-militar participou da luta armada em organizações de esquerda até ser presa, em 1971 em São Paulo, junto com sua filha de um ano e 10 meses de idade. Passou foi submetida a torturas físicas e psicológicas. (https://shre.ink/Qi3y)
19. Elizabeth Teixeira (presa em 1962): paraibana é uma das lideranças camponesas mais importantes da história do país. Presa várias vezes, perseguida pela ditadura e por jagunços, na Paraíba, teve que ir para a clandestinidade junto com seus filhos, após o assassinato do marido, João Pedro Teixeira (https://shre.ink/QLXo).
20. Felipa de Souza (presa em 1592) - Portuguesa, foi acusada pela Inquisição Católica Romana pelo "crime nefasto e abominável de sodomia" após admitir ter tido relações sexuais com outras mulheres e foi condenada ao exílio e sendo violentamente açoitada enquanto caminhava pelas ruas de Salvador para servir de exemplo aos outros. Foi exilada na Capitania da Bahia (https://shre.ink/Qi3)
21. Fernanda Falcão (tentativa de assassinato 2027 e 2021, Fortaleza): É uma mulher trans defensora de direitos humanos, com uma grande trajetória de atuação com a população LGBTIQ+, transexuais, trabalhadoras sexuais em situação de vulnerabilidade e população carcerária. Saiu do Brasil para proteger sua vida. (https://shre.ink/QIF6)
22. Flora Strozenberg (torturada 1974) - Presa em 1974 e conduzida para o DOI-CODI, em São Paulo, foi colocada numa cadeira ginecológica e recebeu fortes choques no interior da vagina, segundo seu algoz, “para não pôr mais comunistas no mundo (https://shre.ink/Qi3r)
23. Francisca das Chagas Silva (+2006) líder quilombola e sindicalista do povoado Joaquin Maria, Miranda do Norte, Maranhão, Brasil, foi cruelmente assassinada por lutar por justiça no campo e direito à terra. Assassinada em. Miranda do Norte (MA) (https://shre.ink/Qi3e)
24. Guiomar Silva Lopes (presa em 1979): Ex-militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), levada ao prédio do DOI-Codi em São Paulo, foi torturada e depois encaminhada para o Presídio Tiradentes (https://shre.ink/QLfy)
25. Helenira Resende de Souza Nazareth (desaparecida desde 1972) - Apontada pela polícia política como uma das líderes do movimento estudantil, foi transferida do Presídio Tiradentes para o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e, posteriormente, para o presídio de mulheres do Carandiru (São Paulo), onde ficou detida por dois meses e porteriormente dada como desaparecida (https://shre.ink/Qi3s)
26. Heleny Telles Ferreira Guariba (desaparecida em 1971): Em 1969, começou a militar na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) organização que atuava na luta armada contra o regime militar. Entre março de 1970 e março de 1971, esteve presa. Quando se preparava para deixar o país e viver no exterior, foi presa no Rio de Janeiro e desapareceu (https://shre.ink/QLfc).
27. Iara Iavelberg (assassinada em 1971) - Psicóloga e professora universitária nascida em São Paulo, era militante da organização MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) quando foi assassinada aos 27 anos por agentes da repressão. Ela era companheira de Carlos Lamarca (https://shre.ink/QiLJ)
28. Ilda Martins da Silva (presa em 1969): Inconformada com as injustiças social engajou-se no movimento sindical, tendo sido uma das mais combativas durante uma greve em 1959 que reivindicava aumento salarial, melhores condições de trabalho Foi exilada política. Foi presa e no DOPS - São Paulo foi torturada várias vezes (https://shre.ink/QLjN)
29. Inês Etienne Romeu (torturada de 1971 a 1979, assinada em 2003): Única sobrevivente da Casa da Morte, centro de tortura clandestino da ditadura, em Petrópolis (RJ), depois de 96 dias de martírio. Foi também a última presa política a ser libertada no Brasil. Integrante da luta armada contra a ditadura militar, foi militante e dirigente das organizações Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares. Condenada à prisão perpétua, ficou presa até 1979, quando tornou público todo seu martírio. Assassinada em 2003 no Rio de Janeiro (https://shre.ink/QIez 
30. Iracema de Carvalho Araújo (torturada em 1964) - tinha cerca de 11 anos quando foi presa e torturada junto com sua mãe Lucia, uma professora militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Machucada, Iracema foi abandonada sozinha em uma praça no Recife, em Pernambuco. Nunca mais viu sua mãe, que se tornou uma desaparecida política. (https://shre.ink/QiLN)
31. Izabel Fávero (torturada 1970) - Professora, presa em Nova Aurora (PR) e em Foz do Iguaçu (PR). Torturada com pau de arara, choques elétricos, jogo de empurrar e ameaças de estupro (https://shre.ink/QiL7)
32. Leslie Denise Beloque (presa em 1970): Integrante do Movimento Estudantil da USP, durante sua prisão em São Paulo, passou pelo Deops e pelo DOI-Codi até chegar ao Presídio Tiradentes somando, aproximadamente, 2 anos e nove meses de encarceramento (https://shre.ink/QIuz)
33. Lígia Maria Salgado Nóbrega (+1972): Foi militante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) e é uma das vítimas da Chacina do Quintino (Rio de Janeiro). Nascida no Rio Grande do Norte, foi para São Paulo ainda pequena (https://shre.ink/QLny)
34. Lucia Carvalho (desaparecida em 1974): Era professora ligada ao Partido Comunista e às Ligas Camponesas e foi sequestrada pelo Destacamento de Operações de Informação (DOI) de Recife e torturada junto com sua filha Iracema de Carvalho Araújo em 1974. (https://shre.ink/QiLN)
35. Lúcia Murat (presa em 1971): Iniciou sua militância política na universidade e foi uma das estudantes presas no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna (SP). Após o Ato Institucional Nº 5, entrou na clandestinidade. Militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, foi presa em março de 1971 em São Paulo, aos 22 anos, e levada ao DOI-Codi e torturada, com pau de arara, eletrochoques e espancamentos (https://shre.ink/QIuf)
26. Luiza Mahin (presa e deportada depois da Sabinada 1837-1838): considerada uma das maiores lideranças negras contra a escravidão na Bahia do século 19, mãe do abolicionista Luís Gama. Presa no Rio de Janeiro e deportada para Angola (https://shre.ink/QiLr)
36. Madre Maurina (torturada em 1969): foi a única freira presa e torturada pela ditadura, sem qualquer prova formal. Foi detida em 1969, em frente ao orfanato de meninas que coordenava, em Ribeirão Preto. Foi torturada, submetida a sessões no pau de arara e a choque elétrico. Uma colega de cela relatou à Comissão da Verdade em 2014 que Maurina também foi estuprada pelos torturadores (https://shre.ink/QL2r)
36. Mãe Bonifácia (sem data): Curandeira, africana escravizada, após ser liberada pelos senhores de engenho, Mãe Bonifácia foi morar em um barracão, era procurada pelos negros devido a seus conhecimentos sobre plantas , salvava-os da perseguição e os guiava pelo rio até o quilombo situado na mata densa na periferia de Cuiabá, onde hoje se localiza o parque com seu nome. (https://shre.ink/QINZ)
37. Márcia Bassetto Paes (presa em 1977) Foi presa pela Polícia Militar durante preparação para uma ação panfletária em São Bernardo do Campo. Foi então, encaminhada para o Deops/SP, onde permaneceu presa por aproximadamente dois meses, até ser transferida para o Carandiru, somando quatro meses de detenção. (https://shre.ink/QiL)
38. Margarida Maria Alves (+1983): Camponesa de fé profunda, líder no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, PB, assumiu o compromisso social na defesa das terras e da dignidade do povo. Mártir das mulheres lavradoras. Assassinada Alagoa Grande (Paraiba) (https://shre.ink/QiZJ)
39. Maria Auxiliadora Lara Barcelos (presa em 1969): era integrante da organização Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) foi vítima de torturas severas. Ela passou por choques elétricos e palmatórias nos seios (https://shre.ink/QLnq)
40. Maria Beatriz Nascimento (+1955): Começou sua militância, participando de estudos acadêmicos e ativismo político antirracista, em especial no meio acadêmico. No Rio de Janeiro, a historiadora é vítima de feminicídio, ao defender uma amiga da violência doméstica (https://shre.ink/QIOj)
41. Maria da Penha (Sofreu violência doméstica em 1983). Em Fortaleza, sofreu violência doméstica que a deixou paraplégica . É uma ativista do direito das mulheres e farmacêutica brasileira, lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Hoje é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica (https://shre.ink/QIco)
42. Maria do Espírito Santo Silva (+2011): Atuava na defesa da floresta como forma de subsistência e na criação de uma reserva extrativista no Assentamento Agroextrativista Praia Alta-Piranheira, onde vivia. Assassinada em 2011 em Nova Ipixuna (Pará) (https://shre.ink/QIVH)
43. Maria Sete Voltas: Personagem importante da história de Rondonópolis (MT), foi uma mulher irreverente, libertária e a frente do seu tempo, chamava a atenção pela forma que se vestia e andava sem parar pela cidade. Sua loucura gerava medo em alguns e sofreu violências por agir como e onde queria. (https://shre.ink/QIXx)
44. Maria Taquara: trabalhadora, que na década de 40 do século passado era transgressora da moral e dos bons costumes da época. Foi a primeira mulher a usar calças em Cuiabá, invertendo sua identidade de gênero, por isso sofreu várias violências, uma vez que servia sexualmente aos soldados do antigo 16º batalhão de Caçadores. Sem data nascimento e morte. Histórias sobre ela remontam a 1940 (https://shre.ink/QIyH)
45. Maria Trindade da Silva Costa (+2017): líder quilombola na comunidade de Santana do Baixo Jambuaçu em Moju, estado do Pará. defensora de direitos quilombolas. Assassinada 2017 Jambuaçu em Moju, estado do Pará. (https://shre.ink/QINk)
46. Marielle Franco (+2018): Defendia o feminismo e os direitos humanos, criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Assassinada no Rio de Janeiro (https://shre.ink/QIJj)
47. Marinalva Manoel Kaiowá (+2014): Defendeu os direitos dos povos indígenas, inclusive o de garantia à terra, e de sua ancestralidade, como ocorreu em 15 de outubro passado, quando esteve em Brasília como parte de comitiva indígena reunida com representantes do Judiciário. Ela era uma das defensoras da demarcação da terra indígena Ñu Verá e integrante do Grande Conselho Guarani-Kaiowáda Aty Guassu.  Foi assassinada nas margens da BR-163, em Dourados (MS). (https://shre.ink/QLA6)
48. Míriam Leitão (torturada em 1972) - Na época tinha 19 anos e morava em Vitória. Estava grávida de seu filho mais velho, Vladimir Netto, e ficou detida por três meses. Nesse período foi torturada, espancada e ameaçada de estupro. (https://shre.ink/QIC1)
49. Nilda Carvalho Cunha (+1971) - Foi presa em sua casa em um cerco realizado no local para prender Iara Lavelberg, a conduta fez parte da Operação Pajussara. A justiça militar não expediu mandado de prisão contra ela. Todos os indícios nos levam a concluir que Nilda não era conhecida pelos órgãos de informações. Foi libertada e morreu decorrente da tortura, em Salvador. (https://shre.ink/QI9N)
50. Pauline Reichstul (+1973): Nasceu em Praga, Na Europa, Pauline manteve contato com militantes brasileiros e trabalhou para divulgar as violações de direitos humanos cometidas pelo regime militar. Voltou ao Brasil e entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) a militante foi assassinada brutalmente com outros cinco de seus companheiros da VPR, em Paulista, na Grande Recife (PE), num episódio conhecido como o Massacre da Chácara São Bento (https://shre.ink/QLn8)
51. Rita Sipahi (presa em 1971): É ex-militante da Ação Popular (AP) e do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT). Torturada no DOI-Codi (São Paulo),  esteve presa na “torre das donzelas” (https://shre.ink/QL1i)
52. Rosa Maria Barros dos Santos (torturada em 1971) - Foi presa e levada para o DOPS, em Recife, que passou por “um sangramento cheio de coisas” logo após o início das torturas. Só entendeu o que estava acontecendo quando recebeu comprimidos de ácido acetilsalisílico (AAS), que pode facilitar abortos. Sofreu uma perda completa (https://shre.ink/QIdz).
53. Rose Nogueira (presa em 1969): Militava na Ação Libertadora Nacional (ALN) e trabalhava no jornal Folha da Tarde (São Paulo). Levada ao Deops e torturada. A militante foi transferida para o Presídio Tiradentes (https://shre.ink/QL1x)
54. Soledad Barret Viedma (+1973):foi militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Nascida no Paraguai, Soledad era de uma família culta e politizada. Em 1973, a militante e mais cinco companheiros da VPR foram assassinados nos arredores do Recife (PE), num episódio conhecido como o Massacre da Chácara São Bento (https://shre.ink/QL1f)
55. Tereza de Benguela (+ 1770): Foi uma líder quilombola do Quilombo do Piolho, estava às margens do rio Guaporé, localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT). Em 27 de junho de 1770 uma expedição saiu em direção ao quilombo, com a missão de destruí-lo. Houve resistência e foi presa, morrendo dias depois. Após sua morte, arrancaram-lhe a cabeça e colocaram-na no alto de um poste, dentro do quilombo, para que todos pudessem vê-la ( https://shre.ink/QLzA).
56. Therezinha de Godoy Zerbini (presa 1970): Em 1968, ela ajudou Frei Tito a conseguir o sítio em Ibiúna onde seria realizado o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Por esse motivo foi presa e transferida para o Dops (São Paulo) (https://shre.ink/QLzT).
57. Zuleide Nascimento (presa em 1970): Aos 4 anos foi “capturada” junto aos irmãos de 2, 6 e 9 anos de idade, em 1970. A família havia se engajado na luta armada com a Vanguarda Popular Nacional, de Carlos Lamarca. Quando o grupo foi preso (São Paulo), as crianças foram junto (https://shre.ink/QL2r)
58. Zuzu Angel (+1976): Foi uma das mais importantes estilistas da história da moda no país, além de incansável oponente da violência do governo militar. Mãe de Stuart Edgar Angel Jones, torturado e assassinado pela ditadura, Zuzu passou anos denunciando as arbitrariedades da repressão até morrer em um acidente de carro suspeito em 1976, Rio de Janeiro (https://shre.ink/QLzy)
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